Você PODE vencer a diabetes e a resistência à insulina: truques simples para reverter isso AGORA!
Descubra como pequenas mudanças no estilo de vida podem ter um impacto profundo no gerenciamento e na reversão do diabetes tipo 2. Tradução: Glucose Revolution.
O diabetes tipo 2 é uma epidemia global. A Federação Internacional de Diabetes publica números todos os anos e eles descobriram que 537 milhões de adultos no mundo agora vivem com diabetes tipo 2 e outros 541 milhões vivem com pré-diabetes. Esses números estão piorando a cada ano e agora cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo têm algum tipo de diabetes ou pré-diabetes.
Tudo isso está ligado à resistência à insulina, o qual se deve ao ambiente alimentar em que vivemos e precisamos de mais regulamentação no fornecimento de alimentos nas empresas de alimentos, mas precisamos também ser educados para que possamos descobrir como navegar nesse cenário difícil que está causando esse problema.
A primeira coisa que você precisa saber é que essas condições não são genéticas. O diabetes tipo 2 não é algo com que você nasce, sendo algo que é consequência da maneira como você está comendo e vivendo. Todos os alimentos acessíveis hoje estão piorando nossa saúde e aumentando esse número de diabetes no mundo todo.
O diabetes tipo 2 costumava ser chamado de “diabetes com início na vida adulta”. Essa doença era chamada assim porque somente os adultos a possuíam, mas hoje crianças de 5 anos estão tendo essa condição, quando esse não era o caso e os nossos genes não mudaram muito. E o que mudou? A forma como comemos e o ambiente alimentar.
Estudos científicos realizados com gêmeos idênticos (pessoas com exatamente o mesmo DNA) mostram que se um gêmeo tem diabetes tipo 2, o outro gêmeo pode não necessariamente ter. Isso significa que não é 100% genético.
A evidência mais convincente é a de que centenas de estudos mostram que se mudarmos a maneira como comemos, poderemos colocar a diabetes 2 em remissão. Essa é a chave. Se você foi diagnosticado com diabetes, sua melhor opção é não tomar medicamentos pelo resto da sua vida. Se você for capaz de mudar a forma como você come, poderá colocar essa condição em remissão. Para muitas pessoas é difícil compreender a mudança na forma como comemos, em nossos hábitos alimentares e parece que é algo muito complicado e fora de alcance. Mas, na verdade, é simples. Não é uma dieta complicada, restritiva e nem cara.
O que é resistência à insulina?
É um espectro e, portanto, podemos medir o grau de resistência à insulina de alguém a qualquer momento. Quando você não é resistente à insulina, você é considerável saudável. Quando fica mais resistente à insulina, você é chamado de pré-diabético. Quando você fica realmente resistente à insulina, então você pode ser considerado como portador de diabetes tipo 2. Se você foi diagnosticado com resistência à insulina, isso significa que você está em algum lugar nesse espectro. Então a resistência à insulina se move, você pode se tornar mais ou menos resistente à insulina dependendo da forma como você está vivendo.
A glicose é a fonte de energia favorita do seu corpo. Todas as partes do seu corpo queimam energia. A energia é o combustível mais importante para seu corpo e a maneira como você fornece glicose ao seu corpo, para que você possa ter energia, é comendo alimentos, especificamente dois tipos de alimentos: amidos (pão, macarrão, arroz, batatas, aveia) e açúcares (qualquer coisa que tenha gosto doce, desde uma maçã até uma fatia de bolo de chocolate).
Então, quando comemos esses dois tipos de alimentos (amidos e açúcares), eles entram em nossa boca e se decompõe em glicose, aumentando o nível de glicose no corpo. Depois de uma refeição, se você comeu muito desses alimentos (e, a propósito, esses alimentos são chamados de carboidratos), você experimentará o que é chamado de “pico de glicose”, o que significa um aumento rápido de glicose pelo seu organismo.
Os picos de glicose são um problema. Eles nos deixam cansados, nos fazem ter desejos por mais e mais doces, inflamam nosso corpo e, o mais importante: eles fazem com que o seu corpo envie insulina. Altos níveis de açúcar no sangue fazem com que seu corpo saiba que os picos de glicose não são bons, informando ao pâncreas para enviar insulina para “capturar” as moléculas de glicose circulantes e, dessa forma, baixar os níveis de glicose. Assim, a insulina chega e pega todo o excesso de açúcar, armazenando tudo no fígado, nos músculos e nas células de gordura (adipócitos).
Uma planta precisa de um pouco de água para viver. Entretanto, se você der muita água à planta, ela vai se afogar e morrer. O corpo humano também é assim. Um pouco de glicose e seu corpo ficará feliz, mas muita glicose causa uma série de problemas.
Então, depois de uma refeição com muitos carboidratos, você irá ter um grande pico de glicose. A insulina entra em ação, pega todo excesso de glicose e a armazena em suas células.
O corpo, ao tomar sua primeira xícara de café da vida, irá ficar acordado e nervoso o dia inteiro. Após algum tempo, seu corpo irá se acostumar e irá precisar de 3 xícaras de café para ter a mesma experiência. O corpo se acostuma e se torna gradualmente resistente, precisando de mais quantidade para obter o mesmo efeito. O mesmo efeito ocorre com a insulina. Se há muita insulina em um longo tempo em seu corpo, o seu organismo lentamente se torna resistente à insulina. Assim como o café, ele irá precisar cada vez mais de insulina para fazer a mesma coisa. Neste caso, precisará de mais e mais insulina para capturar a glicose e armazená-la em suas células. É uma espécie de ciclo vicioso do seu corpo.
Comendo carboidratos, seus níveis de glicose irão aumentar em seu corpo. Fato. Depois de um tempo, por causa dessa resistência à insulina, a insulina simplesmente não vai mais estar funcionando muito bem e não será mais capaz de capturar todo o excesso de glicose e armazená-lo, de modo que seus níveis de glicose no sangue começam a subir, porque o excesso de glicose não está sendo descartado tão facilmente como antes.
Seus níveis de glicose começam a subir e a aumentar e isso é medido por seu médico uma vez por ano. Entretanto, se você está comendo de forma que não está causando muitos picos de glicose, você não terá muita insulina no corpo (nem resistência à insulina) e, assim, sua glicemia em jejum será normal e saudável (cerca de 85 mg/dL - 90 mg/dL). Mas se você está comendo de uma forma que causa picos de glicose por muito tempo, haverá muita insulina em seu corpo e, consequentemente, muita resistência à insulina e, com isso, altos níveis de glicose. Assim, se seu nível de glicose em jejum estiver entre 100 a 126 mg/dL, você é pré-diabético. Se o nível de glicose em jejum estiver acima de 126 mg/dL, você tem diabetes tipo 2.
Moral da história: se você tem um nível de glicose alto, você também tem muita resistência à insulina.
Um pequeno aumento na quantidade de glicose circulante no sangue irá causar uma série de problemas, prejudicando suas células, inflamando seu corpo, machucando seu cérebro, vai criar glicação. Resumidamente, vai causar uma série de problemas de curto e longo prazo.
Se você tiver diabetes tipo 2 há muito tempo, isso também vai levar a uma série de consequências, como amputação. Apesar de muitos médicos medirem os níveis de glicose em jejum, um exame mais preciso seria o de insulina em jejum, pois isso permite avaliar sua resistência à insulina, uma vez que os níveis de insulina começam a aumentar por anos antes dos seus níveis de glicose aumentarem.
Se você tem resistência à insulina ou diabetes tipo 2, você também pode ter síndrome do ovário policístico ou doença hepática gordurosa. Então, o que fazer nessas condições?
Precisamos abaixar os níveis de insulina no corpo. Ou seja, precisamos dar menos açúcar ao nosso organismo para que ele não precise utilizar toda essa insulina e, lentamente, ir reduzindo a quantidade de produção. Em primeiro lugar, observe o que você está comendo, principalmente os carboidratos, pois são eles que se transformam em glicose. Assim, se você está comendo amidos e açúcares (pão, macarrão, pizza, refrigerantes, granolas, frutas demais), você está dando muita glicose para seu corpo. Uma alternativa para o café da manhã, por exemplo, seria trocar o pão e o suco por ovos cozidos e uma xícara de chá.
Se você está se perguntando sobre ciência, há uma revisão interessante de 2021 que deixou muito claro que a melhor maneira de reverter o diabetes tipo 2 é nivelar suas curvas de glicose, evitando os picos de glicose. O estudo foi chamado de “Eficácia e segurança de dietas com baixo carboidratos para remissão do diabetes tipo 2: revisão sistemática e metanálise de dados de ensaio randomizados” e nesse estudo eles viram que a remissão do diabetes tipo 2 foi observada em mais de 57% dos participantes em 6 meses.
Agora até mesmo a American Diabetes Association começou a endossar dietas que levam a menores picos de glicemia como uma maneira realmente útil de colocar o diabetes em remissão.
Dicas muito eficazes:
Tomar um café da manhã salgado ao invés de doce. Coma proteínas, gorduras e fibras.
Adicionar vinagre uma vez por dia antes de uma refeição.
Adicione entrada vegetariana a uma de suas refeições.
Fazer uma caminhada de dez minutos após uma refeição por dia.
Coma suas refeições em ordem correta. Primeiro, fibras. Segundo, proteínas e gorduras. Terceiro, amido e açúcar.
Se quiser comer algo doce, é melhor para a glicose tomá-lo como sobremesa após uma refeição do que como um lanche entre as refeições.